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Responsável por 7,1% do Produto Interno Bruto do Estado de São Paulo e classificada como o 14º destino turístico mais pesquisado do país em 2025, a Região Metropolitana de Campinas (RMC) é reconhecida por seus polos industrial, científico, de pesquisa, acadêmico, hospitalar e de turismo de negócios. Nos últimos anos, outro segmento tem ganhado destaque: o gastronômico — rico, diversificado e cada vez mais atrativo para investimentos de marcas consolidadas e grupos regionais.
Com uma população estimada em 3,2 milhões de habitantes, a RMC abriga mais de 37 mil restaurantes e bares, setor que representa uma parcela significativa do PIB regional. Em 2024, o gasto com alimentação fora do lar e bebidas na região alcançou cerca de R$ 7,8 bilhões, segundo estimativa do IPC Maps — sem contar os valores movimentados por turistas em viagens de lazer ou negócios, que circulam mensalmente pelas cidades da RMC.
Ao longo da última década, a gastronomia local se consolidou como o principal polo do interior paulista nesse segmento. O Estado de São Paulo lidera o número de estabelecimentos voltados à alimentação fora do lar, com 532,5 mil pontos ativos — o equivalente a cerca de 27% do mercado nacional. Campinas ocupa a terceira posição em número de estabelecimentos no estado, atrás apenas da capital paulista e de Guarulhos.
“Temos um setor dinâmico e bastante evidente na região, que contribui não apenas para a economia, mas principalmente para o fortalecimento do turismo regional”, destaca André Mandetta, presidente da Associação Brasileira de Bares e Restaurantes (Abrasel) – Regional Campinas.
A cidade de Campinas conta, por lei, com quatro polos gastronômicos: os bairros do Cambuí e Guanabara, além dos distritos de Barão Geraldo e Sousas/Joaquim Egídio — estes últimos especialmente procurados por turistas de fim de semana por estarem situados em área de proteção ambiental (APA), com fazendas históricas e opções para atividades esportivas. Além disso, os centros de compras das cidades da região também têm papel relevante na atração de visitantes.
De acordo com Mandetta, a RMC oferece uma ampla variedade de estilos culinários: de bares e restaurantes tradicionais a experiências de gastronomia de fazenda e cozinhas internacionais.
Exemplos da consolidação do setor incluem o Bellini Ristorante, especializado em cozinha mediterrânea, e o Kindai, de culinária japonesa. Ambos estão localizados no Vitória Hotel Concept Campinas e recebem diariamente tanto moradores quanto turistas que participam de eventos corporativos.
“Na Rede Vitória Hotéis sempre priorizamos a gastronomia. A alta gastronomia atrai público e garante boas avaliações de visitantes do Brasil e do exterior”, afirma Rodrigo Porto, diretor de Alimentos e Bebidas da rede.
Para atender um público cada vez mais exigente — tanto regional quanto de outros estados —, a gastronomia local passou por uma grande evolução, como explica Antonio Dias, diretor executivo do grupo Royal Palm Hotels & Resorts, que conta com cinco estabelecimentos gastronômicos, entre eles o bistrô francês La Palette e a adega Cave do Douro, aberta exclusivamente no inverno e voltada para hóspedes e clientes da região.
Outro exemplo é o Banana Café Campinas, que acompanha a transformação gastronômica local. A marca também está presente na capital paulista, mas com cardápios distintos. “Para Campinas, adaptamos o cardápio a um público muito exigente. Além disso, a cidade é um importante polo de negócios, o que atrai muitos visitantes de outras localidades”, explica André Biazzo, um dos sócios da casa.
Há três décadas no mercado, a Churrascaria Colonial Grill, de Campinas, também ilustra a evolução do setor. “Estamos sempre atentos às crescentes exigências do público — não só da região, mas também de outros estados e países”, afirma Sérgio De Simone, fundador do restaurante.
Para Dino Ramos, sócio do Dom Brejas, o fortalecimento do setor gastronômico em Campinas e região é nítido. “Estamos no mercado há 15 anos e, a cada ano, vemos a chegada de grandes marcas e redes, que trazem novas experiências e fortalecem a gastronomia regional”, diz.
Ele também lembra que, no final do ano passado, o tradicional lanche Boquinha de Anjo, criado em Campinas, foi reconhecido como patrimônio imaterial pela Câmara Municipal, com data comemorativa celebrada em 10 de maio. “Isso traz ainda mais visibilidade para o polo gastronômico regional, que segue em plena evolução”, completa.
Além da Região Metropolitana de Campinas, outro destaque no cenário gastronômico e turístico do interior paulista é o Circuito das Águas Paulista. Formado por nove municípios — Serra Negra, Lindóia, Águas de Lindóia, Amparo, Jaguariúna, Pedreira, Socorro, Monte Alegre do Sul e Holambra —, o circuito se destaca pelas paisagens naturais, clima de montanha, águas termais e tradição em hospitalidade.
Nos últimos anos, a região vem investindo fortemente na valorização da produção local e na oferta de experiências gastronômicas autênticas. Com forte influência da imigração europeia e foco no turismo de bem-estar, as cidades do Circuito das Águas oferecem uma combinação única de culinária típica, produtos artesanais, vinhos, cafés especiais e roteiros rurais — tudo isso em meio a cenários que encantam os visitantes em busca de sabores regionais e contato com a natureza.
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