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Henrique Vieira Filho é jornalista, escritor, terapeuta, sociólogo, artista plástico, agente cultural, diretor de arte, produtor audiovisual, educador físico, professor de artes visuais, pós-graduado em psicanálise e perícia técnica de obras de arte.
Em 29/11, se comemora o Dia da Onça Pintada, a "rainha da Amazônia", símbolo da rica biodiversidade brasileira.
Este belo animal protagoniza uma infinidade de histórias e lendas, como, por exemplo, o mito tupi-guarani que explica os eclipses como sendo culpa da Xivi, a onça celestial, que caça pelos céus, tentando devorar a Lua e o Sol.
E o humor, que é coisa muito séria, também se debruçou em “causos” protagonizados por esta fera.
Nos tempos do politicamente incorreto, nos divertíamos com um grande contador de histórias (e um dos maiores mentirosos do imaginário brasileiro), o Coronel Pantaleão Pereira Peixoto! Ele foi uma das mais celebradas personagens do humorista brasileiro Chico Anysio (1931-2012), nos contos do livro “É mentira, Terta?” e nos programas televisivos, “Chico City” e "Chico Anysio Show" (anos 70 a 90), onde vivia contando suas aventuras pelas matas.
Em uma delas, enfrentando uma onça, conseguiu retirar seu couro sem nem matar! E complementa o “causo”, dizendo que, sempre que o tempo esfria, a fera vem à sua porta pedir emprestada a sua antiga “roupa”!
E não é que Serra Negra tem seu próprio Pantaleão? Não direi nomes, mas, eis uma pista: trata-se de um dedicado caseiro que trabalha em um sítio junto à área de preservação que fica aqui, ao lado da Residência Artística.
Certo dia, conversando com ele sobre o quanto aprecio viver em proximidade com a natureza, comecei a enumerar meus “vizinhos”: tucanos, pica-paus-reis, lagartos teiús, bem-te-vis, beija-flores, jacus, japus e, como a lista parecia não ter fim, não querendo ficar atrás, fez dele a vez:
_ Você não viu ainda? Aqui do lado tem lobos-guarás, veados-campeiros, antas, tamanduás-bandeira e… onças!
Creio que o nosso Pantaleão caseiro exagerou… um pouquinho além da conta!
Mas, espero estar enganado! Com tantas histórias fantásticas, fica difícil saber onde termina a realidade e começa a ficção.
Uma coisa é certa: o Circuito das Águas é um lugar mágico, capaz de despertar a nossa imaginação e nos fazer acreditar em (quase,,,) qualquer coisa!
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