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Henrique Vieira Filho é jornalista, escritor, terapeuta, sociólogo, artista plástico, agente cultural, diretor de arte, produtor audiovisual, educador físico, professor de artes visuais, pós-graduado em psicanálise e perícia técnica de obras de arte.
Dizem por aí que o riso é o melhor remédio. Concordo! Embora nunca tenha visto farmácia distribuir gargalhadas em comprimidos…
Em 18 de janeiro, celebramos o Dia Internacional do Riso. E, convenhamos, um dia para rir deveria ser feriado mundial — porque nada abala mais o inimigo do que a sua risada!
Em tempos de agendas lotadas e preocupações constantes, rir parece ter se tornado artigo de luxo.
Mas, o riso, meus amigos, é gratuito, contagiante e universal! É a música que todo mundo entende sem precisar de legenda. Ou, como dizia o humorista Victor Borge, “a gargalhada é a distância mais curta entre duas pessoas”.
Não é à toa que a frase “Rir é uma coisa muito séria” carrega tanta sabedoria. O dramaturgo italiano Eduardo De Filippo popularizou a ideia ao dizer: “Ridere è una cosa seria”.
Ele acreditava que o humor, além de divertir, revela verdades profundas sobre a vida. Filósofos como Aristóteles já apontavam que o riso é uma ferramenta essencial de interação humana, e o médico Patch Adams demonstrou que o riso tem poder terapêutico. Assim, rir não é apenas diversão: é cura, crítica social e expressão de humanidade!
Imagine se, por decreto, todo mundo tivesse que dar uma boa gargalhada pelo menos três vezes ao dia. Que revolução seria essa! Problemas se dissolveriam como açúcar na água, discussões seriam substituídas por piadas e até reuniões de condomínio seriam suportáveis.
“Mais vale um riso frouxo do que um choro apertado”, já diziam nossas avós.
“Rir de tudo é coisa dos tolos, mas não rir de nada é coisa dos chatos”, ensinou Erasmo de Rotterdam.
O problema é que, à medida que envelhecemos, esquecemos como rir de nós mesmos. As crianças riem cerca de 300 vezes por dia. Os adultos, em média, apenas 17. Onde foi que perdemos o fio dessa piada chamada vida?
Talvez tenhamos começado a levar tudo muito a sério. O trânsito, os boletos, a politicagem… Esquecemos que a vida também é brincadeira.
“O homem sofre tão terrivelmente no mundo que foi obrigado a inventar o riso.” – Friedrich Nietzsche.
Por isso, proponho uma pausa na rotina para uma sessão de gargalhadas. Não precisa de motivo. Ria porque sim, porque está vivo, porque ainda pode rir!
Então, vamos lá: solte essa risada presa no peito! E, se alguém perguntar por que você está rindo à toa, responda com um sorriso: “Porque eu sei que quem ri por último... é porque não entendeu a piada!”