Henrique Vieira Filho
Henrique Vieira Filho

Henrique Vieira Filho é jornalista, escritor, terapeuta, sociólogo, artista plástico, agente cultural, diretor de arte, produtor audiovisual, educador físico, professor de artes visuais, pós-graduado em psicanálise e perícia técnica de obras de arte.

Colunas

O Chamado das Borboletas

Nesta crônica de Henrique Vieira Filho para o Jornal O Serrano, entre sincronicidades e transformações, as borboletas cruzaram o caminho de Luciano Esteves e o levaram ao Yôga. Da mesma forma, trouxeram arte, bem-estar e renovação para um espaço em Serra Negra. Talvez haja mesmo algo de mágico no voo das borboletas! Publicado resumido no Jornal O SERRANO, Nº 6440 de 14/02/2025

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O Chamado das Borboletas
O Chamado das Borboletas - Arte de Henrique Vieira Filho

Neste final de semana, comemorou-se o segundo aniversário do Yôga Na Serra, um movimento em prol do bem-estar físico e emocional, com práticas conduzidas por Luciano Esteves nas cidades do Circuito das Águas Paulista.

O evento aconteceu em um magnífico casarão de 1902, totalmente restaurado, na cidade de Amparo. O espaço ficou repleto de pessoas felizes, que fizeram questão de parabenizar Luciano. E ele, por sua vez, nos brindou com histórias emocionantes que marcaram sua trajetória.

Uma delas, particularmente, me tocou: de luto pela perda de sua querida mãe, Luciano encontrou um inesperado alívio ao testemunhar uma revoada de borboletas que, em plena avenida de São Paulo, entraram em seu carro. 

Símbolo universal de metamorfose e renascimento, as borboletas voltariam a cruzar seu caminho em momentos significativos, trazendo-lhe conforto, paz e a certeza interior de que a morte física não é o fim. Esse evento foi um marco que o impulsionou em sua jornada até o Yôga.

Carl Gustav Jung, um dos grandes nomes da psicanálise, chamou de sincronicidade essas incríveis "coincidências", que, para quem as vivencia, carregam um profundo significado emocional e transformador.

Curiosamente, algo parecido aconteceu comigo. Enquanto em Amparo as práticas de Yôga acontecem em um casarão histórico, aqui em Serra Negra um dos locais escolhidos foi a Residência Artística, espaço que construí com minha esposa, em estilo moderno, de aço e vidro, mas totalmente cercado pela natureza.

Durante o período de finalização da obra, em meio ao estresse e aos desafios, notei um fenômeno curioso: dezenas de borboletas insistiam em entrar na casa! Com imenso cuidado, eu as devolvia para o lado de fora, na linda mata ao redor. Mas, elas voltavam. Eram de todas as cores, de todos os tamanhos. A impressão que tive era que estavam nos momentos finais do seu ciclo de vida e buscavam um lugar seguro para permanecer em paz.

E eis que as borboletas trouxeram o Luciano para cá. Com ele, suas práticas de Yôga e uma energia nova para o ambiente. Aos poucos, o estresse da construção cedeu lugar a uma atmosfera de paz interior e de conexão com a beleza natural.

E as borboletas – com a cumplicidade das libélulas, as preferidas da minha esposa – continuaram a trazer para cá mais e mais pessoas ligadas à arte e ao bem-estar. Hoje, esse espaço abriga terapias corporais, vivências artísticas, um clube de cultura pop e de leitura, além de artistas que aqui se mobilizam e semeiam alegria, como as borboletas beijam as flores.

Talvez haja mesmo algo de mágico no voo das borboletas!

E que essa magia continue conduzindo Luciano Esteves por toda a sua jornada, levando bem-estar e transformação por onde ele passar. Parabéns pelo lindo trabalho, que ele siga voando alto, sempre guiado pela leveza e pela beleza das borboletas!

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