Henrique Vieira Filho
Henrique Vieira Filho

Henrique Vieira Filho é jornalista, escritor, terapeuta, sociólogo, artista plástico, agente cultural, diretor de arte, produtor audiovisual, educador físico, professor de artes visuais, pós-graduado em psicanálise e perícia técnica de obras de arte.

Colunas

11/11, 11 horas

Neste artigo para o Jornal O SERRANO, Henrique Vieira Filho escreve curiosidades sobre o dia e hora da assinatura do armistício que oficializou o fim da 1a Guerra Mundial: suas tradições, coincidências com a numerologia e conceitos psicanalíticos e tece um paralelo com o momento atual no Brasil. Publicado resumido no Jornal O SERRANO, Nº 6330, de 11/11/2022

Compartilhe:
11/11, 11 horas
Tela: Wings Of Wishes – Artista: Henrique Vieira Filho

Em 1918, os aliados e a Alemanha, firmaram a paz, com Armistício (do latim “armae” = armas + “stare” = parar, cessar) de Compiègne (França), assinado dentro de um vagão-restaurante de trem.

 Foi em 11/11, 11 horas, que se oficializou o fim da Grande Guerra, que ingenuamente se acreditava ser a última.

 Nesta data e hora, todo ano, vários países fazem 1 minuto de silêncio para os mortos (mais de 10 milhões) e mais 1 minuto, para os sobreviventes.

 Vai ver, os generais consultaram a numerologia, pois, segundo esta, o 1 está relacionado com o recomeço, o início de um novo ciclo.

 Ou, quem sabe, conversaram com o psicanalista C.  G.  Jung, que inclui o número 1 como sendo um dos símbolos unificadores, de conciliação dos contrários, de síntese dos opostos.

 Existe até um documentário da BBC (Corporação Britânica de Radiodifusão), chamado “A História do Número 1”, o qual, em tom bem humorado, faz um passeio pela matemática, tendo este número como o protagonista. 

 Assista em https://youtu.be/pmx7smXqWcQ (1 hora de duração)
 

Inicia com o “um” em seus primeiros registros simbólicos, grafados em ossos e em cones de argila sumérios para fins de contagem e subtração, dando nascimento à aritmética. 

 Outro herói desta história é o “zero”, originado dos algarismos hindu-arábicos, que revolucionou a representação tanto de grandes quantidades, quanto de muito pequenas.

 Quando o “1” e o “0” se associaram, deram origem a uma das mais importantes revoluções (e sem guerra!) do conhecimento humano: a computação.

 Curiosidades à parte e, guardadas as devidas proporções, verdade é que nosso atual mês 11 andou flertando com um comportamento de guerra. 

 Torço para que hoje, 11/11, o Brasil assine um novo armistício, pacificando e reunificando nosso povo.

 Só assim mereceremos um “dez” em História, pois, se continuarmos com este comportamento “nota zero” e, apropriando-se do eufemismo norte-americano, estaremos cometendo um(a) grande “número 2”!

 “Prefiro a paz mais injusta à mais justa das guerras.”

Marcus Tullius Cícero (filósofo, orador, escritor, advogado e político romano)

PUBLICIDADE
PUBLICIDADE