Junte-se à nossa lista de assinantes para receber as últimas notícias, atualizações e ofertas especiais diretamente na sua caixa de entrada
Henrique Vieira Filho é jornalista, escritor, terapeuta, sociólogo, artista plástico, agente cultural, diretor de arte, produtor audiovisual, educador físico, professor de artes visuais, pós-graduado em psicanálise e perícia técnica de obras de arte.
Em 1918, os aliados e a Alemanha, firmaram a paz, com Armistício (do latim “armae” = armas + “stare” = parar, cessar) de Compiègne (França), assinado dentro de um vagão-restaurante de trem.
Foi em 11/11, 11 horas, que se oficializou o fim da Grande Guerra, que ingenuamente se acreditava ser a última.
Nesta data e hora, todo ano, vários países fazem 1 minuto de silêncio para os mortos (mais de 10 milhões) e mais 1 minuto, para os sobreviventes.
Vai ver, os generais consultaram a numerologia, pois, segundo esta, o 1 está relacionado com o recomeço, o início de um novo ciclo.
Ou, quem sabe, conversaram com o psicanalista C. G. Jung, que inclui o número 1 como sendo um dos símbolos unificadores, de conciliação dos contrários, de síntese dos opostos.
Existe até um documentário da BBC (Corporação Britânica de Radiodifusão), chamado “A História do Número 1”, o qual, em tom bem humorado, faz um passeio pela matemática, tendo este número como o protagonista.
Assista em https://youtu.be/pmx7smXqWcQ (1 hora de duração)
Inicia com o “um” em seus primeiros registros simbólicos, grafados em ossos e em cones de argila sumérios para fins de contagem e subtração, dando nascimento à aritmética.
Outro herói desta história é o “zero”, originado dos algarismos hindu-arábicos, que revolucionou a representação tanto de grandes quantidades, quanto de muito pequenas.
Quando o “1” e o “0” se associaram, deram origem a uma das mais importantes revoluções (e sem guerra!) do conhecimento humano: a computação.
Curiosidades à parte e, guardadas as devidas proporções, verdade é que nosso atual mês 11 andou flertando com um comportamento de guerra.
Torço para que hoje, 11/11, o Brasil assine um novo armistício, pacificando e reunificando nosso povo.
Só assim mereceremos um “dez” em História, pois, se continuarmos com este comportamento “nota zero” e, apropriando-se do eufemismo norte-americano, estaremos cometendo um(a) grande “número 2”!
“Prefiro a paz mais injusta à mais justa das guerras.”
Marcus Tullius Cícero (filósofo, orador, escritor, advogado e político romano)