Iniciativa estimula coleta e alerta para descarte indevido de pilhas e baterias.
No final do mês de outubro, o Rotary Club de Serra Negra e a Secretaria Municipal de Educação firmaram parceria que pretende diminuir o número de pilhas, baterias e outros produtos com metais pesados
No final do mês de outubro, o Rotary Club de Serra Negra e a Secretaria Municipal de Educação firmaram parceria que pretende diminuir o número de pilhas, baterias e outros produtos com metais pesados que são descartados indevidamente.
Vinte galões de água de 10 litros foram doados pela Mineradora Ácqua Única e serão usados nas escolas da rede municipal de ensino para receber pilhas e baterias. Educadores vão orientar as crianças, transformando-as em multiplicadores de informações. Os pequeninos vão orientar seus familiares a recolher de suas casas pilhas e baterias que não estão mais em uso antes que sejam descartadas em lixo comum.
A parceria foi concretizada entre o presidente do Rotary William Macina, o Bill e a secretária Municipal de Educação Maria Rita Menegatti Pinton Tomaleri.
Periodicamente o Rotary Club tomará o material, entregando a uma empresa especializada em fazer o adequado descarte. Não há um prazo definido para o final da iniciativa que foi denominada Salve o Meio Ambiente.
A Campanha foi idealizada pelo Rotary Internacional
Em sua monografia de especialização (2010) pela Universidade Federal de Santa Maria, Zélio Rumpel Brum explica que No Brasil são produzidas anualmente, segundo a Associação Brasileira da Indústria Elétrica e Eletrônica (ABINEE), 800 milhões de pilhas. A redução e racionalização no uso destes produtos é uma das formas de minimizar o consumo, assim como a fazer o descarte de forma seletiva.
Os consumidores em sua grande maioria desconhecem os perigos e as leis estabelecidas. Quem gera o problema também é responsável por sua solução. Assim, pela legislação brasileira, cabe às empresas fabricantes dar o destino correto a este tipo de lixo tóxico.
O trabalho teve como objetivo promover a sensibilização das pessoas para o fato da necessidade de cuidados ambientais referentes ao uso e descarte de forma correta de pilhas e baterias.
A modernização das pilhas agravou ainda mais o problema, uma vez que ficaram mais compactas, mais potentes e ao mesmo tempo mais contaminantes.
O mercúrio, o chumbo e o cádmio são metais altamente tóxicos, afetam o sistema nervoso central, os rins, o fígado, os pulmões. O cádmio é carcinogênico e o mercúrio também provoca mutações genéticas. O fator agravante é que estes elementos químicos são bioacumulativos, podem ficar retidos no ambiente durante milhares de anos. Sendo assim, pilhas e baterias são consideradas como resíduos domésticos perigosos, existem programas de coleta seletiva e o descarte deste lixo tóxico deve ser feito em aterros sanitários (especiais para substâncias perigosas).
Infelizmente no Brasil, pilhas e baterias são descartadas em lixões ao ar livre contaminando o solo, e quando são descartados em aterros sanitários acabam contaminando lençóis freáticos e cursos d’água, estendendo a contaminação para a fauna e a flora das regiões próximas. Através da cadeia alimentar esses metais chegam aos seres humanos de forma acumulada.
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