Municipalidade busca solução para pessoas que vivem nas ruas.
Normalmente o assunto ganha muito destaque nas grandes cidades, porém as menores, como Serra Negra, também têm e precisam cuidar das pessoas que moram nas ruas.
Normalmente o assunto ganha muito destaque nas grandes cidades, porém as menores, como Serra Negra, também têm e precisam cuidar das pessoas que moram nas ruas.
Somente em 2017, a Secretaria Municipal de Assistência e Desenvolvimento Social identificou e atendeu 20 pessoas na condição de morador de rua. Com apoio da Secretaria, seis voltaram a morar com seus familiares, três estão em tratamento no Centro de Atenção Psicossocial e outras três foram encaminhadas para internação psiquiátrica.
Os demais mostraram-se resistentes aos profissionais que os abordaram. Pelo menos oito têm vínculos familiares fragilizados; retornam para suas famílias, alimentam-se, cuidam da higiene e voltam para rua, uma vez que o consumo de álcool e outras drogas gera desavenças.
A secretária da pasta de Assistência Social, Daniele Brandini Pachioni Silotto explicou que não caracterizam crimes a permanência nas ruas e a mendicância. “Portanto o trabalho é de resgate de auto estima, vínculos e autonomia dessas pessoas”, disse.
Atualmente existem serviços oferecidos pela Prefeitura específicos para essas pessoas, considerando suas fragilidades, dificuldades, avaliando e estimulando suas potencialidades.
O Centro de Referência Especializado de Assistência Social (CREAS) e o Centro de Atenção Psicossocial (CAPS) firmaram parceria para promover a autonomia dos indivíduos, fortalecer ou reestabelecer seus vínculos familiares de modo a estimula-los a deixar de utilizar os espaços públicos como forma de moradia.
Os atendimentos são realizados no que é chamado “Consultório de Rua”, no qual profissionais de psicologia, serviço social e enfermagem se deslocam até os locais onde comumente se encontra o público alvo e busca ouvir as demandas e fazer os encaminhamentos necessários.
Essas abordagens de rua estão sendo realizadas todas as quartas-feiras ou mediante acionamento de órgãos municipais ou da própria população. Durante as abordagens se faz o levantamento da demanda, identificação e possíveis encaminhamentos.
Equipes do CREAS mobilizam familiares e outras pessoas, formando uma rede de suporte social, buscando atenuar eventuais conflitos que possam estar influenciando na fragilização dos vínculos e intermediar a reaproximação entre as partes. Além disso, o serviço promove a emissão de documentos para aqueles que os perderam ou sequer os têm, resgatando sua cidadania.
Também busca facilitar o acesso aos quais as pessoas atendidas possam ter diretos, como o Programa “Bolsa Família” e o BPC (Benefício de Prestação Continuada), sendo o CRAS (Centro de Referência de Assistência Social) o principal parceiro nesse quesito.
Já o CAPS oferece tratamento em meio aberto para o uso abusivo de álcool e drogas e transtornos mentais, podendo este serviço acolher esse público diariamente em suas oficinas e atendimentos, bem como providenciar a internação psiquiátrica para os casos mais graves, nos quais as demais alternativas se mostram ineficazes.
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