Preocupação com febre amarela levou a formação de fila no posto de saúde.
Na manhã de 30 de março uma fila incomum se formou na Rua Doutor Firmino Cavenaghi, no centro. Naquela via funciona o posto de saúde designado para aplicação da vacina contra a febre amarela.
Na manhã de 30 de março uma fila incomum se formou na Rua Doutor Firmino Cavenaghi, no centro. Naquela via funciona o posto de saúde designado para aplicação da vacina contra a febre amarela. O público buscava a imunização.
A grande procura ocorreu depois da confirmação de morte de macacos pela doença nas vizinhas cidades de Amparo e Monte Alegre do Sul.
Não há motivo para pânico
Segundo a assessoria de imprensa da Secretaria da Saúde do Estado de São Paulo, na região de Campinas foram confirmados casos positivos em macacos nos municípios de Campinas, Socorro, Monte Alegre do Sul e Amparo.
As ações de vacinação já foram iniciadas na população que vive nas áreas rurais desses municípios e profissionais de saúde. “O município de Serra Negra não faz parte da área de risco de contaminação por febre amarela, portanto não há nenhum motivo para pânico ou corrida aos postos de vacinação sem necessidade”, cita nota enviada à reportagem.
Em 2017 houve três óbitos por febre amarela silvestre autóctone confirmados no Estado de São Paulo: nos municípios de Américo Brasiliense, Araraquara e Batatais. Há cinco mortes confirmadas que são importadas, ou seja, as infecções ocorreram fora do Estado, todas em Minas Gerais (com notificações em Santana do Parnaíba, três na capital e um em Paulínia).
Os macacos são vítimas de febre amarela e não transmitem o vírus diretamente aos humanos. A transmissão do vírus é feita apenas pela picada de mosquitos silvestres infectados. A presença de macacos doentes ou mortos pode indicar circulação do vírus da febre amarela, portanto ao perceber um macaco aparentemente doente ou morto, orienta-se a população a acionar imediatamente o serviço de saúde mais próximo para que sejam feitas ações de prevenção e controle da febre amarela, evitando que o vírus se espalhe e atinja a população.
A vacina
A vacina contra a febre amarela é indicada apenas aos moradores de áreas de risco definidas pelo Ministério da Saúde e para aqueles que vão viajar para esses locais.
A imunização não está indicada para gestantes, mulheres amamentando crianças com até 6 meses e imunodeprimidos, como pacientes em tratamento quimioterápico, radioterápico ou com corticoides em doses elevadas (portadores de Lúpus, por exemplo). Não há casos de febre amarela urbana no Brasil desde 1942.
Estão em investigação nove casos de pessoas que foram ou estão sendo tratadas por suspeita de febre amarela silvestre. Dessas, quatro não têm histórico de viagem para outros estados, e outras cinco viajaram para Minas Gerais.
Desde o ano passado até o momento, foram confirmados 53 casos positivos de febre amarela em macacos, em regiões silvestres de Ribeirão Preto, Barretos, Franca, São José do Rio Preto, São João da Boa Vista, Sorocaba e Campinas. Nessas regiões já foram feitas ações de busca e bloqueio de vetores e pesquisas em matas próximas aos locais onde os primatas foram encontrados.
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